Raiva

Carolina Deslandes

Compositor: Agir / Carolina Deslandes

Eu bebi da raiva como sumo
Deve ser por isso que eu não durmo
Sim eu já errei, isso assumo
Mas não fiques se é pra fazeres disso assunto
O nosso amor foi morto vivo, hoje é defunto
Sais do nada voltas gritas que sou tudo
E eu se nado ou é desta que me afundo
É madrugada e queres discutir a fundo

Sou caos e calme é no centro que me fundo (hey)
Sou toda alma, mas dizes que te confundo (hey)
Na tua sala não te vejo entre o fumo (hey)
Não sei se é carma ou sou eu que te consumo (hey)

Fecho a porta, desta vez eu deixo o trinco
Fechas me a porta gritas dizes que te minto
E na verdade a saudade é labirinto
Entre o que é certo e é certo saber que sinto
Ficou mórbido o que um dia foi bonito

Os poemas não se ouvem entre os gritos
Sinto muito sentir tanto e admito
Que saio com mais vontade do que a que fico
Então odeia-me e eu odeio-te de volta
Cospe no prato e cospe na minha boca

Diz que sou erro, que sou drama, que sou louca
Que te engano e que a esperança está morta
Dá me a culpa, dá me a morte, leva a taça
Dá me a fuga em forma de ameaça

Diz que a dor é grande, mas que também passa
E para de passar em minha casa
Não pegues fogo pra depois vir pedir água
Se acreditasse em ti, já nem de mim gostava

Se acreditasse em ti, o tiro acertava
Se acreditasse em ti, eu já nem respirava
Deixa me, só preciso de ficar sozinha
Assenta o pó enquanto fumo na cozinha
Eu dizia que a dor é minha vizinha

Afinal nem sabia quantos quartos tinha
Não estou pra ninguém, cortei a campainha
A magoa arrasta não lhe vou fazer bainha
Acendo a vela, selo esta vida minha
Onde foi o sonho que era meu e sei que tinha

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